quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Procurando Histórias Infantis para meu filho na internet encontrei esses vídeos.

São muito interessantes!!



Fica a dica!!!

Aproveitem!!!

quinta-feira, 8 de novembro de 2012


Maduro

Estava maduro 
e caiu com 
o vento. 
Acertou-me 
com páginas 
cheias de 
argumentos.
Descasquei 
o fruto doce 
com os olhos
e o mastiguei 
com os pensamentos.

Por Alexandre Reis

* Imagem por J. Bosco (http://jboscocartuns.blogspot.com/)


terça-feira, 30 de outubro de 2012

Cuidados com o livro


Não o manuseie com as mãos sujas;
Não rabisque, não molhe, nem faça anotações nas folhas;
Não rasgue, nem arranque folhas;
Não coloque entre as páginas objetos mais espessos que o papel;
Não insira no livro pétalas ou folhas de plantas, recortes de jornais e outros papéis de baixa qualidade. Esses elementos alteram o pH do papel provocando manchas, além de modificarem o estado físico da encadernação;
Não coma, nem beba próximo aos livros.
Quando tirar um livro da prateleira, não o puxe pela parte superior da lombada, pois isso danifica a encadernação. O certo é empurrar os volumes dos dois lados e puxar o volume desejado pelo meio da lombada;
Use ambas as mãos para manusear os documentos;
Não faça “orelhas” para marcar páginas, pois provocam o rompimento das fibras do papel;
Não faça anotações ou marcações nos livros;
Não debruce em cima dos livros para leitura;
Evite tirar cópia xerox dos volumes encadernados danificando não só a encadernação mas também o papel;
Não vire as páginas do livro com os dedos umedecidos com saliva;
Não coloque clipes como marcador de páginas, pois o processo de oxidação passará para a folha, manchando e podendo rasgá-la;
Não utilize fitas adesivas tipo durex e fitas crepes, cola branca (PVA) para evitar a perda de um fragmento de um volume em degradação. Esses materiais possuem alta acidez, provocam manchas irreversíveis onde aplicado.

Lembre-se! Os livros da biblioteca são de todos os usuários, alunos, professores, funcionários e comunidade. E todos temos o dever de cuidar!


segunda-feira, 29 de outubro de 2012


Que tal aproveitar para ter uma leitura prazerosa????

Ler...

Ler é o melhor remédio.
Leia jornal...
Leia outdoor...
Leia letreiros da estação do trem...
Leia os preços do supermercado...
Leia alguém!
Ler é a maior comédia!
Leia etiqueta jeans...
Leia histórias em quadrinhos...
Leia a continha do bar...
Leia a bula do remédio...
Leia a página do ano passado perdida no canto da pia enrolando chuchus...
Leia a vida!
Leia os olhos, leia as mãos. Os lábios e os desejos das pessoas...
Leia a interação que ocorre ou não entre física, geografia, informática, trabalho, miséria e chateação...
Leia as impossibilidades...
Leia ainda mais as esperanças...
Leia o que lhe der na telha...
...mas leia, e as idéias virão!

Luís Fernando Veríssimo

domingo, 28 de outubro de 2012

MAURÍCIO DE SOUSA


“Nós fazemos o que eu considero uma história em quadrinhos universal. 
Há uma listinha  dos assuntos, dos temas, do comportamento que deve 
ser seguido pela nossa turminha para eles poderem andar 
na Vila do Limoeiro universal que estamos tentando criar.”


Empresário e criador da turma da Mônica.

Nasceu em 27 de outubro de 1935 em Santa Isabel (SP).
É jornalista e cartunista. Quando trabalhava como repórter policial na Folha de S. Paulo, em 1959, criou seus primeiros personagens, Bidu  e  Franjinha, e passou a publicar tirinhas diárias. Inspirado na infância em Mogi das Cruzes e em dois dos dez filhos, Mônica  e Magali, criou outros personagens. 
Em 1970 foi lançada a revista “Mônica”, com 200 mil exemplares. 
Hoje, Mauricio tem mais de um bilhão de revistas publicadas em 120 países, 12 longas-metragens da Turma da Mônica lançados ao passar dos anos, cerca de 3 mil produtos licenciados e a gigantesca engrenagem alimentada por suas criações que anualmente movimentam US$ 2 bilhões e empregam 30 mil pessoas direta e indiretamente. Não à toa, é considerado o maior formador de leitores do Brasil.

Alguns de seus personagens:



Que assistir um episódio????????

Aproveitem!!!


Esperamos que gostem!



sexta-feira, 26 de outubro de 2012

AMANDA E OS NANOROBÔS

Esta história tem como autor Eliú Quintiliano.
Se passa num futuro onde as máquinas já coexistem com os humanos, um mundo novo surge do outro
lado da galáxia.

e começa assim:


A FUGA


O céu estava num tom de azul muito intenso, não se via a linha do horizonte, somente quando estavam em cima de uma duna mais elevada e a claridade daquela tarde  mesmo  que  fosse  branda,  castigava implacavelmente a pele delicada da princesa Alyessa.

A  luz  que  refletia  na  areia  muito  clara  incidia diretamente para seu rosto, castigando-a, seus cabelos perfeitamente  escovados,  por  sua  mãe  pela  manhã, grudavam em sua pele em volta de seu pescoço, logo que começaram a caminhar ainda os tirava, mas a canseira era tamanha, que já nem se importava mais, deixava-os enroscados em seu pescoço.
Alyessa, acostumada ao conforto que sempre viveu, lembrava-se da amena temperatura que as paredes frias do castelo proporcionavam ao interior do palácio, onde morava  com  sua  família,  o  teto  era  alto  em  todos  os cômodos do castelo, mesmo que o grande astro azul com todo seu brilho banhasse com seus raios o castelo o dia todo, dentro do castelo sempre era muito fresco, mesmo no auge do verão.
 Estava com saudades da tranqüilidade que sua vida tivera até levantar-se da cama de manhã, o dia que tinha começado cheio de novidades alegrias e risos por toda a cidade,  tinha  tido  uma  seqüência  de  adversidades,  se estivesse em uma viagem de passeio, não se importaria com  a  canseira,  mas  não  era  isso  que  estava acontecendo.
Era  uma  fuga  desesperada  por  um  deserto  que parecia não gostar de menininhas passeando por ele.
Amanda  sua  irmã,  três  anos  mais  nova  que  ela, dormia dentro da mochila improvisada que Siux seu irmão de criação carregava em suas costas, feita de tiras de sua própria camisa. Logo que deixou o castelo sabia que a caminhada iria ser longa e não poderia ficar carregando Amanda em seus braços durante tanto tempo e sabia que ela não  poderia  ir  andando,  estava  realmente  muito machucada.  Com os braços soltos a balançar e a cabeça caída  sobre  o  ombro  de  Siux,  seus  cabelos  longos  e negros a esconder seu rosto que outrora era tão sereno e angelical,  e  conforme  Siux  caminhava  nem  percebia  o calor e os percalços a sua volta, às vezes até esquecia que Amanda estava em suas costas.
Esse era o estado em que se encontrava a pequena princesa,  dormindo  ou  desmaiada,  nem  se  percebia
diferença alguma.
O jovem de pele azul clara, que parecia muito com a cor do astro que brilhava no céu, não demonstrava sede, seu semblante era fatigado e sério, queria muito chegar logo até as montanhas e sair logo da areia que o estava castigando.
Imaginava  ele  que  seria  um  dia  feliz  cheio  de novidades, mas para ele foi um fardo, mesmo que amasse
as  duas  princesas  como  se  fossem  suas  irmãzinhas menores, não estava fácil para ele aguentar, tinha bebido tão pouca água, e ainda tendo que levar Amanda em suas costas.

Gostou do pequeno trecho? Tem mais no endereço a seguir:


Espero que tenham uma ótima leitura e gostem!!!

terça-feira, 23 de outubro de 2012



A metáfora do Elefante Acorrentado

Você já observou um elefante no circo? Durante o espetáculo, o enorme animal faz demonstrações de força descomunais. Mas, antes de entrar em cena, permanece preso, quieto, contido somente por uma corrente que aprisiona uma de suas patas a uma pequena estaca cravada no solo. A estaca é só um pequeno pedaço de madeira. E, ainda que a corrente fosse grossa, parece óbvio que ele, capaz de derrubar uma árvore com sua própria força, poderia, com facilidade, arrancá-la do solo e fugir.

Que mistério! Por que o elefante não foge?

Há alguns anos descobri que, por sorte minha, alguém havia sido bastante sábio para encontrar a resposta: o elefante do circo não escapa porque foi preso à estaca ainda muito pequeno. Fechei os olhos e imaginei o pequeno recém-nascido preso: naquele momento, o elefantinho puxou, forçou, tentando se soltar. E, apesar de todo o esforço, não pôde sair. A estaca era muito pesada para ele. E o elefantinho tentava, tentava e nada. Até que um dia, cansado, aceitou o seu destino: ficar amarrado na estaca, balançando o corpo de lá para cá, eternamente, esperando a hora de entrar no espetáculo.

Então, aquele elefante enorme não se solta porque acredita que não pode. Para que ele consiga quebrar os grilhões é necessário que ocorra algo fora do comum, como um incêndio por exemplo. O medo do fogo faria com que o elefante em desespero quebrasse a corrente e fugisse.

(Autor desconhecido)

Esta história foi retirada da página de Histórias em Letras, no facebook.

domingo, 21 de outubro de 2012



Vamos ler um pouco?????????????

Nossa indicação é um livro que tem o título: PAI, POSSO DAR UM SOCO NELE?
Tem como autor: JOSÉ CLÁUDIO DA SILVA e pertence a coleção Arte de escrever.

A história começa assim:


Tudo começou numa quarta-feira quente de janeiro. Era mês de colocar as leituras em dia. Esquecer o mundo lá fora e se embrenhar durante trinta dias no mundo imaginário dos livros! 
Brammmm!
A porta da sala bateu violentamente contra a parede. Abriram com uma bomba poderosa: o pontapé. Os bárbaros chegaram.
- Pai, quero jogar videogame!
- Tio, quero Nescau!
- Tio, quero guaraná!
- Pai, quero bolacha!
Todas falavam ao mesmo tempo. Exigindo seus direitos. Eram seis anjinhos: Daniel e André, filhos. Maurício, Vinícius, Lucas, Mayra, a única menina bárbara, sobrinhos.
- Mães irresponsáveis. Largaram essas crianças neste lugar minúsculo e foram passear no shopping. Como vou ler com tanto barulho!?
Enquanto isso, as crianças começaram uma guerra de almofadas no quarto do casal.
- Parem com esse barulho. Venham aqui.
Empurrando, chutando, esmurrando, xingando uns aos outros, chegaram na porta da saleta. Todas tentavam passar, ao mesmo tempo, pela porta.
- Silêncio!!! Sentem-se na mesa. Não em cima da mesa! Vocês vão quebrar o vidro e sua mãe me mata. Pelo amor de Deus, sentem-se nas cadeiras! Tudo bem. Agora silêncio! Só eu falo! O que vocês querem fazer além de destruir o apartamento e me deixar louco?
Gritando, falavam ao mesmo tempo:
- Quero ir ao Play Center, ao zoológico, Cidade da Criança, ao Parque da Mônica...
- Nem pensar! Eu não sou louco para ficar andando com seis crianças, cheias de energia, em parques enormes. Que tal um programa diferente?
- Qual?
- Acampar!!!
- Acampar???
- É. Vocês nunca acamparam? Mas não vamos a um camping cheio de confortos. Vamos acampar numa mata, sozinhos.
- Igual aos escoteiros, tio?
- Mais ou menos, Lucas.
- Vai ser legal, tio?
- Garanto que vocês vão gostar. Vamos fazer muitas coisas. Será divertido.
- Para onde vamos, tio? - perguntou Mayra.
- Você não vai - gritou Daniel.
- Acampamento é só para homens - completou Vinícius. Mayra mostrou a língua para os dois e disse:
- Bobões. Eu também vou, tio?
- Claro!
- Alguém vai ter de fazer a comida e lavar a louça - resmungou Lucas.
- Quero que vocês peguem as mochilas da escola e tirem os materiais de dentro e...
- Que mochilas, tio? - perguntou Lucas - a minha não presta para mais nada.
- Nem a minha!
- Nem a minha!
- Posso imaginar o estado em que elas se encontram. Vou sair para comprar mochilas, mantimentos e alguns
utensílios para acampar. Por favor, não destruam o apartamento enquanto eu estiver fora.


E aí gostou desse pequeno trecho????????

A história completa está em: http://www3.universia.com.br/conteudo/livros/paipossodarumsoconele.pdf


Esperamos que tenham uma ótima leitura!

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

FELIZ DIA DAS CRIANÇAS!!!


Conta certa lenda, que estavam duas crianças patinando num lago congelado.
Era uma tarde nublada e fria, e as crianças brincavam despreocupadas.
De repente, o gelo quebrou e uma delas caiu, ficando presa na fenda que se formou.
A outra, vendo seu amiguinho preso, e se congelando, tirou um dos patins e começou a golpear o gelo com todas as suas forças, conseguindo por fim, quebrá-lo e libertar o amigo.
Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram ao menino:
- Como você conseguiu fazer isso? É impossível que tenha conseguido quebrar o gelo, sendo tão pequeno e com mãos tão frágeis!
Nesse instante, um ancião que passava pelo local, comentou:
- Eu sei como ele conseguiu.
Todos perguntaram:
- Pode nos dizer como?
- É simples: - respondeu o velho.
- Não havia ninguém ao seu redor para lhe dizer que não seria capaz.

Albert Einstein


Assim são as crianças, mesmo que as digam que elas não conseguem, elas não te ouvem e vão em frente.
Assim deveríamos ser todos nós.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Que tal ler uma linda poesia


A Língua do Nhem
(Cecília Meireles)

Havia uma velhinha
que andava aborrecida
pois dava a sua vida
para falar com alguém.
E estava sempre em casa
a boa velhinha
resmungando sozinha:
nhem-nhem-nhem-nhem-nhem-nhem...



O gato que dormia
no canto da cozinha
escutando a velhinha,
principiou também
a miar nessa língua
e se ela resmungava,
o gatinho a acompanhava:
nhem-nhem-nhem-nhem-nhem-nhem...



Depois veio o cachorro
da casa da vizinha,
pato, cabra e galinha
de cá, de lá, de além,
e todos aprenderam
a falar noite e dia
naquela melodia
nhem-nhem-nhem-nhem-nhem-nhem...

De modo que a velhinha
que muito padecia
por não ter companhia
nem falar com ninguém,
ficou toda contente,
pois mal a boca abria
tudo lhe respondia:
nhem-nhem-nhem-nhem-nhem-nhem...

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Que tal uma linda poesia!



AS BORBOLETAS

Brancas
Azuis
Amarelas
E pretas

Brincam
Na luz
As belas
Borboletas

Borboletas brancas
São alegres e francas.

Borboletas azuis
Gostam muito de luz.

As amarelinhas
São tão bonitinhas!

E as pretas, então . . .
Oh, que escuridão!

Vinícius de Moraes

domingo, 7 de outubro de 2012

MANIFESTO PRO UM BRASIL LITERÁRIO

Nesse vídeo o escritor e poeta Bartolomeu Campos de Queirós lê o Manifesto por um Brasil literário e fala sobre a importância da leitura de literatura.

sábado, 6 de outubro de 2012

Através da linguagem simbólica, a literatura infantil pode influenciar na formação da criança, que passa a conhecer o mundo em que vive de maneira a compreender: o bem e o mal, o certo e o errado, o belo e o feito, amor e raiva, a dor e o alivio, entre outros. Por isso, aos poucos, a criança compreende o mundo adulto do qual faz parte. Assim como destaca GOES (1990, p. 16)



"Se conseguirmos fazer com que a criança tenha sistematicamente uma experiência positiva com a linguagem, estaremos promovendo o seu desenvolvimento como ser humano." 
O estudioso Richard Bamberger reforça a ideia de que é importante habituar a criança às palavras.


Lê onde e quando mais lhe convém, no ritmo que mais lhe agrada, podendo retardar ou apressar a leitura; interrompê-la, reler ou parar para refletir, a seu bel-prazer. 
Lê o que, quando, onde e como bem entender. 
Essa flexibilidade tende a garantir o interesse continuo pela leitura, tanto em relação à educação quanto ao entretenimento.

Diante disto notamos que é de extrema importância para os pais e educadores discutir o que é leitura, a importância do livro no processo de formação do leitor, bem como, o ensino da literatura infantil como processo para o desenvolvimento do leitor crítico.


Pois a literatura infantil cumpre, hoje, a responsabilidade de entreter e divertir e, principalmente formar na criança uma consciência de mundo.


sexta-feira, 5 de outubro de 2012


"A imaginação criadora é resultante da capacidade de fantasiar situações. O indivíduo irá criar segundo a sua capacidade de imaginar e fantasiar com base numa série de fatores, entre eles, a experiência acumulada, enquanto um produto de sua época e seu ambiente."
Vygotsky (1982,p.31)

quarta-feira, 3 de outubro de 2012


Segundo o Ministério da Educação (MEC) e outros órgãos ligados à Educação, a leitura:

Desenvolve o repertório: ler é um ato valioso para o nosso desenvolvimento pessoal e profissional. É uma forma de ter acesso às informações e, com elas, buscar melhorias para você e para o mundo; Liga o senso crítico na tomada: livros, inclusive os romances, nos ajudam a entender o mundo e a nós mesmos;
Amplia o nosso conhecimento geral: além de ser envolvente, a leitura expande nossas referências e nossa capacidade de comunicação; 
Aumenta o vocabulário: graças aos livros, descobrimos novas palavras e novos usos para as que já conhecemos;

Estimula a criatividade: ler é fundamental para soltar a imaginação. Por meio dos livros, criamos lugares, personagens, histórias; 

Emociona e causa impacto: quem já se sentiu triste (ou feliz) ao fim de um romance sabe o poder que um bom livro tem;

Muda sua vida: quem lê desde cedo está muito mais preparado para os estudos, para o trabalho e para a vida;

Facilita a escrita: ler é um hábito que se reflete no domínio da escrita. Ou seja, quem lê mais escreve melhor.



terça-feira, 2 de outubro de 2012


“Pelo poder da palavra ela pode agora navegar nas nuvens, visitar as estrelas, entrar, no corpo de animais, fluir com a seiva das plantas, investigar a imaginação da matéria, mergulhar no fundo de rios e de mares, andar por mundos que há muito deixaram de existir, assentar-se dentro de pirâmides e de catedrais góticas, ouvir corais gregorianos, ver os homens trabalhando e amando, ler as canções que escreveram, aprender das loucuras do poder, passear pelos espaços de literatura, da arte, da filosofia, dos números, lugares onde seu corpo nunca poderia ir sozinho... Corpo espelho do universo! Tudo cabe dentro dele!”

Rubem Alves

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Espaços de leitura

A compreensão do ato de ler é complexa e exige articulação com muitos aspectos linguísticos, cognitivos, socioculturais imbricados no processo de construção de sentidos. A leitura deve ter caráter existencial, não deve ser um ato meramente técnico, esvaziado de sentidos.
Segundo nossa opinião, podemos apresentar alguns elementos essenciais à prática da leitura:
1) Singularidade – a leitura particulariza o sujeito.

2) Alteridade – a leitura colabora na construção do sujeito como um outro, sua maneira de se relacionar com o outro, e auxilia na formação de vínculos.
3) Identidade – a leitura possui papel fundamental na constituição da noção de pertencimento do sujeito ao grupo social.
4) Tempo – o tempo dedicado à leitura tem dimensão social e individual e significação para a constituição de uma forma particular de o sujeito significar o mundo.
5) Leitura e Classe Social – classes sociais distintas imputam diferentes valores à leitura.
6) Leitura, Informação e Conhecimento – leitura é ferramenta útil ao trabalho, ao desenvolvimento profissional, ao acesso à informação, à construção do conhecimento, portanto, ligada à questão econômica e à luta pela inserção social.
7) Instituições de Leitura – constituem elementos essenciais para a consolidação do leitor.
8) Espaço de Leitura – mostra a relação do leitor com os espaços e suas dimensões.



Diante dos elementos expostos uma criança lerá um livro e sonhará com todas aquelas palavras cheias de cores, sabores, perfumes e sentimentos, sonharão com as mil possibilidades de conquistas, aventuras e atos heroicos. 



sexta-feira, 21 de setembro de 2012


"A leitura tem o poder de despertar em nós regiões que estavam até então adormecidas. Tal como o belo príncipe do conto de fadas, o autor inclina-se sobre nós, toca-nos de leve com suas palavras e, de quando em quando, uma lembrança escondida se manifesta, uma sensação ou sentimento que não saberíamos expressar revela-se com uma nitidez surpreendente". 


Os jovens e a Leitura, de Michèle Petit

domingo, 9 de setembro de 2012

O LEÃO PRAXEDES


História recomendada a crianças muito obedientes


O Leão Praxedes 
Copyright © Tarcisio Lage, 1992 
Texto: Tarcisio Lage 
Desenhos: Américo Lucena Lage  
Nova Edição do autor 
www.livroseideias.net
2009




Na imensa planície africana existia um  leão com dentes enormes e afiados. 
Chamava-se Praxedes.  
Era só o Praxedes abrir sua boca, balançar a densa juba e fazer explodir seu urro, ouvido a 50 quilômetros de  distância, para que toda a floresta tremesse de medo. 
Os macacos trepavam até os galhos mais altos, as hienas  paravam de sorrir e corriam mais do que os veados, os  outros leões abaixavam a cabeça e enfiavam o rabo entre  as pernas. 
Com o Praxedes era na base: 
Obediência ou Morte! 
- Sim, Dom Praxedes. 
- Tá certo, é o senhor quem manda. 
- Se Dom Praxedes não quer, eu não faço.

Era uma vergonha ver os outros leões que nem cachorro  viralata, fazendo tudo que Praxedes queria, sem  reclamar, sem uma pontinha de revolta. 

Este foi um pouco dessa história pra saber o resto é só acessar:
http://www.livrosgratis.com.br/arquivos_livros/ea000464.pdf



Esperamos estar contribuindo para uma boa leitura....

Agradecemos a visita!!!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

A FESTA NO CÉU

Folclore brasileiro

Entre todas as aves, espalhou-se a notícia de uma festa no Céu. 
Todas as aves compareceriam e começaram a fazer inveja aos animais e outros bichos da terra incapazes de voo.  
- Que não tem pena não vai poder ir a ao Céu – berrava a Maritaca toda orgulhosa. 
Imaginem quem foi dizer que ia também à festa... O Sapo-Boi, que não querendo ficar pra trás, tratou logo de dizer: 
- Eu também vou. 
A Maritaca ficou surpresa: 
- Como?! Sapo não voa. 
- E precisa? 
- Como você é ignorante. Fala pros cotovelos. Onde já se viu sapo voar?  
Pois bem, o Sapo-Boi disse que tinha sido convidado e que ia sem dúvida nenhuma.  

- Sou convidado de honra do São Pedro. Ele me disse que não abre o portão do Céu enquanto eu não chegar. 
Os bichos só faltaram morrer de rir e Maritaca, então, nem se fala.  
   
Disparou a falar mal do Sapo-Boi. Dizia que ele era pesado e nem sabia dar uma corrida, seria capaz de aparecer naquelas alturas.  
- Sua língua, Dona Maritaca, não é feita de aço, mas ela corta uma navalha. 
Para não ter que brigar com a Maritaca, o Sapo-Boi saiu de perto, resmungando pra si mesmo: Essa Maritaca é como pernilongo, só cala o bico com um tapa. 
   
O Sapo-Boi tinha seu plano. Estão rindo de mim, mas não perdem por esperar. Duas palavras abrem qualquer porta: puxe e empurre. Vou nesta festa nem que tenho que pregar penas por todo o corpo.  

Tenho uma ideia: vou procurar o Urubu. Posso descolar uma carona. A esperteza é fazer isto com arte! Não há urubu que não cobiça uma boa carniça. Basta-me oferecer pra ele as carniças do brejo que ele me leva. São as pequenas coisas que fazem as grandes diferenças – assim foi pensando o Sapo-Boi. 
Na véspera da Festa do Céu, procurou o Urubu e deu uma prosa boa divertindo muito o dono da casa. Prometeu mundo e fundos pro carniceiro. Depois disse: 
- Você vai à Festa no Céu. 
- Vou sim. Todas as aves foram convidadas. Se você fosse uma ave, teria sido também – disse o Urubu.

O Sapo-Boi que era muito vaidoso e orgulho até os cabelos e, só pra não dar o braço a torcer, completou: 
  
- Bom, camarada Urubu, quem é coxo parte cedo e eu vou indo, porque o caminho é comprido. Tem que me apressar, ainda vou me arrumar para ir a Festa no Céu. 
O Urubu também ficou surpreso: 
- Você vai mesmo?  
- Se vou? Claro! 
- De que jeito? 
- Indo – respondeu o Sapo-Boi com sua bocarra escancarada, todo confiante. - Até lá, camarada Urubu, sem falta!  
   
Em vez de sair da casa o Urubu, o Sapo-Boi deu um pulo pela janela do quarto do Urubu e vendo a viola,  em cima da cama, meteu-se dentro dela, encolhendo-se todo, ajuntando bem as penas longas. Se você controla os pés, controla a mente. Ficou quietinho: Aqui me ajeito. Vou ou não vou na Festa?! Sempre 
tem um chinelo velho para um pé cansado.

O urubu, mais tarde, pegou na viola, amarrou-a a tira-colo e bateu asas para o céu, vrru-rru-rrum... O Sapo-Boi ficou na sua, bem amoitado no fundo da viola. 
   
Chegando ao céu, o Urubu arriou a viola em um canto e foi procurar as outras aves pra prosear.  
O Sapo-Boi botou um olhão de fora e, vendo que estava sozinho, ninguém pra xeretar, deu um pulo e ganhou a pista da Festa, todo satisfeito.  
   
Não queiram saber o espanto que as aves tiveram, vendo o sapo pulando no céu!  

Perguntaram e perguntaram curiosas: 
- Como você chegou até aqui? 
Mas o Sapo-Boi, esperto demais, só fazia conversa mole: 
- Chegando, uai. 
A Maritaca na acreditava no que via: tem carne escondida debaixo desse angu. Em terra de cego, quem tem um olho é rei, dois é deus e três é o diabo. Ainda descubro com esse bocudo veio parar aqui. 
A festa começou e o sapo tomou parte se exibindo o tempo todo. Nem pro Urubu ele quis contar. Foi até arrogante: 
- Eu não lhe disse que vinha? Cabra-macho não bebe água, masca fumo e engole a baba. 
Pela madrugada, sabendo que só podia voltar do mesmo jeito da vinda, o Sapo-Boi foi-se esgueirando e correu para onde o Urubu havia deixado a viola. Encontrou a viola e acomodou-se, como da outra feita.  
   
O sol ia saindo, acabou-se a festa e os convidados foram voando, cada um para seu destino. O Urubu agarrou a sua viola e tocou-se para a terra, vrru-rru-rrum...  
   
Ia pelo meio do caminho, quando, numa curva, o sapo mexeuse e o urubu, espiando para dentro do instrumento, viu o bicho lá no escuro, todo curvado, feito uma bola. Só os enormes olhos brilhando. 
- Ah! camarada sapo! É assim que você vai à festa no Céu?  
- Uma carona não faz mal a ninguém – respondeu o Sapo-Boi, meio sem jeito.


- Então foi desse jeito que você veio? 
- Coác! Usando um pouco minha inteligência, né, camarada. 
O Urubu achou o Sapo-Boi muito folgado e, além do mais, ele contou muito papo na festa. Me fez de bobo. Se tivesse ao menos me contado. Merece um castigo – concluiu o Urubu. 
- Vou te jogar lá embaixo – avisou pro Sapo-Boi. 
- Cê tá louco?! – berrou o Sapo-Boi, escancarando o bocão. 
O Urubu estava decidido em atirar o Sapo-Boi lá de cima. 
- Pode escolher: quer cair no chão ou na água? 
O Sapo-Boi desconfiou da proposta: conhecendo o urubu, ele vai me pirraçar. Boca de mel, coração de fel. Vai me jogar onde eu não escolher. Para quem está se afogando, jacaré é tronco. Cachorro mordido de cobra tem medo até de lingüiça. 
Então, o Sapo-Boi querendo ser mais esperto que o Urubu, foi logo dizendo: 
- Me joga no chão mesmo. 
Urubu ficou surpreso com o pedido. Este sapo deve ter pirado. 
- Tem certeza que isso mesmo que você quer? 
- Claro, camarada Urubu – completou o Sapo-Boi, resmungo pra si mesmo: O destino não é uma questão de sorte, é uma questão de escolha.   
E, naquelas alturas, o Urubu emborcou a viola. O sapo despencou-se para baixo e veio zunindo. E rezava: - Coác! Se eu desta escapar, nunca mais boto as patas nas alturas! Nem 8 converso demais. É melhor calar-se e deixar que as pessoas pensem que você é tolo, do que falar e acabar com a dúvida. 
   
E vendo as serras lá embaixo, berrou desesperado: 
- Coác! Arreda pedras!  
E as pedras não arredaram. O Sapo-Boi então pode concluir antes de esborrachar nelas: A esperança é um urubu pintado de verde.  
Bateu em cima das pedras como um tomate maduro, esparramando-se todo. Ficou em pedaços. 
Conta-se, lá pras bandas do brejo, que Nossa Senhora, com pena do infeliz sapo, juntou todos os pedaços do seu corpo esparramado nas pedras e o sapo viveu de novo.


Aprendeu uma sábia lição: Nosso verdadeiro inimigo está em nós mesmos. Não são os grandes planos que dão certo, são os pequenos detalhes. Não cuidei dos detalhes
   
- Por isso o sapo tem o couro todo cheio de remendos. A primeira vítima da ignorância é o próprio ignorante – explica a Maritaca, sempre com certa maldade nos olhos esverdeados toda vez que conta essa história. 


Esta história foi retirada do site e é muito interessante.
http://virtualbooks.terra.com.br/freebook/infantis/download/a_festa_no_ceu.pdf