sexta-feira, 26 de outubro de 2012

AMANDA E OS NANOROBÔS

Esta história tem como autor Eliú Quintiliano.
Se passa num futuro onde as máquinas já coexistem com os humanos, um mundo novo surge do outro
lado da galáxia.

e começa assim:


A FUGA


O céu estava num tom de azul muito intenso, não se via a linha do horizonte, somente quando estavam em cima de uma duna mais elevada e a claridade daquela tarde  mesmo  que  fosse  branda,  castigava implacavelmente a pele delicada da princesa Alyessa.

A  luz  que  refletia  na  areia  muito  clara  incidia diretamente para seu rosto, castigando-a, seus cabelos perfeitamente  escovados,  por  sua  mãe  pela  manhã, grudavam em sua pele em volta de seu pescoço, logo que começaram a caminhar ainda os tirava, mas a canseira era tamanha, que já nem se importava mais, deixava-os enroscados em seu pescoço.
Alyessa, acostumada ao conforto que sempre viveu, lembrava-se da amena temperatura que as paredes frias do castelo proporcionavam ao interior do palácio, onde morava  com  sua  família,  o  teto  era  alto  em  todos  os cômodos do castelo, mesmo que o grande astro azul com todo seu brilho banhasse com seus raios o castelo o dia todo, dentro do castelo sempre era muito fresco, mesmo no auge do verão.
 Estava com saudades da tranqüilidade que sua vida tivera até levantar-se da cama de manhã, o dia que tinha começado cheio de novidades alegrias e risos por toda a cidade,  tinha  tido  uma  seqüência  de  adversidades,  se estivesse em uma viagem de passeio, não se importaria com  a  canseira,  mas  não  era  isso  que  estava acontecendo.
Era  uma  fuga  desesperada  por  um  deserto  que parecia não gostar de menininhas passeando por ele.
Amanda  sua  irmã,  três  anos  mais  nova  que  ela, dormia dentro da mochila improvisada que Siux seu irmão de criação carregava em suas costas, feita de tiras de sua própria camisa. Logo que deixou o castelo sabia que a caminhada iria ser longa e não poderia ficar carregando Amanda em seus braços durante tanto tempo e sabia que ela não  poderia  ir  andando,  estava  realmente  muito machucada.  Com os braços soltos a balançar e a cabeça caída  sobre  o  ombro  de  Siux,  seus  cabelos  longos  e negros a esconder seu rosto que outrora era tão sereno e angelical,  e  conforme  Siux  caminhava  nem  percebia  o calor e os percalços a sua volta, às vezes até esquecia que Amanda estava em suas costas.
Esse era o estado em que se encontrava a pequena princesa,  dormindo  ou  desmaiada,  nem  se  percebia
diferença alguma.
O jovem de pele azul clara, que parecia muito com a cor do astro que brilhava no céu, não demonstrava sede, seu semblante era fatigado e sério, queria muito chegar logo até as montanhas e sair logo da areia que o estava castigando.
Imaginava  ele  que  seria  um  dia  feliz  cheio  de novidades, mas para ele foi um fardo, mesmo que amasse
as  duas  princesas  como  se  fossem  suas  irmãzinhas menores, não estava fácil para ele aguentar, tinha bebido tão pouca água, e ainda tendo que levar Amanda em suas costas.

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Espero que tenham uma ótima leitura e gostem!!!

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